segunda-feira, março 24, 2014

Feira do Queijo do Alentejo


Como já referi anteriormente, estou a estagiar na Câmara Municipal de Serpa e um dos grandes eventos desta cidade é a Feira do Queijo do Alentejo.  Tive o maior prazer de participar na organização deste evento.

O que é a Feira do Queijo do Alentejo? 

"O Queijo Serpa, com denominação de origem desde 1994 e denominação de origem protegida desde 1996, é possivelmente o queijo tradicional de maior fama no Alentejo, sendo o seu singular aroma e sabor parte fundamental do património cultural do Baixo Alentejo e em particular do concelho de Serpa.

Realizada anualmente em finais de Fevereiro a Feira do Queijo do Alentejo pretende primar este emblemático produto do concelho a par dos outros produtos regionais de qualidades tais como os enchidos, o azeite, o vinho, o mel, o pão e as azeitonas. As tasquinhas, com os petiscos locais, têm presença forte neste certame onde também é presença imprescindível o cante alentejano.

Integrada num conjunto de objetivos cuja implementação se considera estratégica para o desenvolvimento do concelho e da cidade de Serpa, a Feira do Queijo do Alentejo, organizada pela Câmara Municipal de Serpa, constitui um passo decisivo na criação de uma base de sustentabilidade para a economia local, assente num dos pilares económicos do concelho: as produções tradicionais."

A minha intervenção neste evento teve dois pontos distintos: a parte da higiene e segurança do evento, e também a parte de segurança alimentar, mais especificamente HACCP.

Higiene e Segurança do evento

Comecei por acompanhar toda a parte da montagem das estruturas que iriam receber os expositores e as tasquinhas de restauração e bebidas. Neste ponto foi necessário supervisionar a segurança individual dos trabalhadores envolvidos, bem como questões de segurança em relação às infraestruturas.

Todos os funcionários envolvidos na construção desta feira, têm conhecimento para a utilização de EPI´s (Equipamentos Individuais de Proteção) e uma das minhas funções era verificar se realmente os utilizavam.
Por exemplo os elementos envolvidos na área da eletricidade usavam como proteção luvas isolantes de corrente elétrica.

Os elementos que se encontravam na parte da construção de infraestruturas, utilizavam botas de biqueira de aço, coletes refletores e capacete.

Este género de coletes e capacetes eram utilizados também por os elementos manuseadores de máquinas.

Em relação ao evento em si, tem pontos gerais para a segurança. Passo a citá-los:




  • Identificar e avaliar os diversos riscos de segurança associados à realização de eventos;
  • Identificar e analisar as medidas de segurança adequadas a fazer face a esses riscos;
  • Conhecer as competências e autoridade dos agentes das forças e serviços de segurança, dos vigilantes e porteiros e dos agentes da Proteção Civil;
  • Conhecer as necessidades de licenciamento e as competências das entidades fiscalizadoras;
  • Conhecer as responsabilidades da organização no âmbito da segurança e higiene no trabalho do staff e dos artistas;
  • Conhecer as principais medidas de gestão do público;
  • Compreender a importância do apoio médico pré-hospitalar em situações de emergência;
  • Perceber os objetivos e processo de elaboração dos planos de segurança e emergência de um evento;
  • Identificar quais os principais impactes ambientais de um evento e quais as principais medidas destinadas a minimizá-los;
  • Sistema integrado da gestão de segurança de um evento.

  • Importância do Planeamento


    Segurança Alimentar e Haccp


    Visto ser uma feira maioritariamente alimentar, é necessário um forte controlo sobre os produtos comercializados, tanto confecionados como não confecionados. 

    Primeiro que tudo, os stands dos expositores eram o maior foco de preocupação, pois são os próprios a expor o seu produto e a realizarem o seu controlo de qualidade. Para tal, foi-lhes requisitado que portassem consigo o próprio plano de HACCP, porque já o utilizam e colocam em prática na sua indústria.

    Segundo ponto de preocupação, eram as chamadas "tasquinhas" que iriam confecionar géneros alimentícios. 
    A maioria dos elementos a explorarem este tipo tascas, eram maioritariamente associações que apenas desenvolvem esta atividade pontualmente.
    Para salvaguardar estas entidades, a Câmara Municipal de Serpa disponibilizou um Plano de HACCP, para que os membros envolvidos cumprissem todas as regras de higiene recomendadas de modo a evitar qualquer tipo de alteração dos alimentos.

    O que é o HACCP?


    O HACCP é uma sigla internacionalmente reconhecida para Hazard Analysis and Critical Control Point ou Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos.

    O sistema de Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos (HACCP) tem na sua base uma metodologia preventiva, com o objetivo de poder evitar potenciais riscos que podem causar danos aos consumidores, através da eliminação ou redução de perigos, de forma a garantir que não estejam colocados, à disposição do consumidor, alimentos não seguros.

    O sistema HACCP baseia-se na aplicação de princípios técnicos e científicos na produção e manipulação dos géneros alimentícios desde "o prado até ao prato".

    Identificação dos perigos
    Na área alimentar devem ser considerados os seguintes perigos:
    •      Perigos biológicos: bactérias, vírus e parasitas patogénicos.

    •    Perigos químicos: Pesticidas, contaminadores inorgânicos tóxicos, antibióticos, promotores de crescimento, aditivos alimentares tóxicos, lubrificantes, tintas, toxinas do marisco (PSP, DSP), histamina (pescado), micotoxinas (aflatoxinas, ocratoxina), dioxinas, nitrosaminas, partículas dos materiais de embalagem.

    •      Perigos físicos: Fragmentos de vidro, metal, plástico ou madeira, pedras, agulhas, espinhas, cascas, areia, adornos, ou outros materiais estranhos que possam causar dano ao consumidor.
    Os 7 princípios
    De acordo com o Codex Alimentarius, para a implementação de um sistema HACCP, devem ser considerados os seguintes princípios:

    1.    Identificar os perigos e medidas preventivas

    2.    Identificar os pontos críticos de controlo;

    3.    Estabelecer limites críticos para cada medida associada a cada PCC;

    4.    Monitorizar/controlar cada PCC;

    5.    Estabelecer medidas correctivas para cada caso de limite em desvio;

    6.   Estabelecer procedimentos de verificação;

    7.    Criar sistema de registo para todos os controlos efetuados.

    Fonte: Plano e Manual de HACCP da Câmara Municipal de Serpa 

    Em termos de experiência pessoal, foi bastante gratificante pertencer à organização, pois permitiu-me aprender a organizar um evento com segurança, tanto na parte de higiene e segurança no trabalho como segurança alimentar.

    A interação com os trabalhadores fez-me evoluir muito em termos pessoais, porque existiam respeito de parte a parte, respeitando tanto o que lhes era pedido como o que nos pediam. Exemplo disso foi quando foi solicitada a utilização de algum tipo de EPI.

    Enquanto que na parte da Segurança alimentar e HACCP, foi a atividade mais interessante de desenvolver, porque realizei a visita a todas as "tasquinhas" de uma forma autónoma e que me permitiu conhecer melhor a população com a qual estava a trabalhar.

    Verifiquei todas as cozinhas, ajudando os membros destas associações a conhecerem alguns dos erros cometidos e de forma educativa ajudei também a corrigir estes.
     O ponto mais alto da feira foi a fiscalização por parte da ASAE, que em certa parte iria culminar toda esta azafama, na verificação das condições de higiene de todos os stands e "tasquinha".

    É bom também referir o grande número de horas de serviço que implica um evento destes, em que temos de estar sempre presentes para qualquer situação que possa surgir.

    Por último salientar que em treze anos de Feira do Queijo do Alentejo, este foi o primeiro em que todos os expositores estavam em condições de desenvolver a sua atividade, sem qualquer tipo de problemas.

    Este dois tipos de atividades são realizados pelo Técnico de Saúde Ambiental, estando este inserido em empresas da área alimentar, da segurança e higiene de eventos públicos e como é o meu caso neste estágio, numa Câmara Municipal.

    Em outros países a higiene e segurança de eventos é levada muito a sério.

    Como podem verificar na notícia seguinte, a reinauguração de um estádio como o do Maracanã no Brasil, foi suspensa. Este não cumpria todas as condições para a sua utilização.

    Assim podemos verificar a importância de serem respeitados todos os pontos de segurança e higiene na construção de qualquer evento em que se reúna um grande número de pessoas.

    Justiça suspende amistoso no Maracanã e pede laudos que comprovem segurança e higiene


    Continuem a seguir o meu blog....

    Até à próxima publicação !!!!

    terça-feira, março 11, 2014

    Estrutura organizacional da Câmara Municipal de Serpa

    Desta vez a minha nova etapa neste curso de Saúde Ambiental, é realizada numa linda cidade da margem esquerda do Guadiana, SERPA,

    Como estagiário estou inserido na estrutura da Câmara Municipal, mais especificamente na Divisão Operacional.





    Para a minha área de formação é muito importante integrar esta Instituição, pois aprenderei a desenvolver atividades que na minha futura vida profissional poderão ser bastante importantes.

    Aqui poderei desenvolver atividades que são semelhantes aos conteúdos programáticos dados durante todo o curso de Saúde Ambiental.

    Em termos legais esta estrutura, é publicada no Diário da República, do qual abaixo deixo um excerto para melhor entendimento do visitante do blog.

    "Artigo 66.º

    Disposições finais

    Ficam criados todos os órgãos e serviços que integrem a presente estrutura organizacional, os quais serão instalados, progressivamente, de acordo com as necessidades e os objetivos definidos para melhor servir os munícipes de Serpa e no respeito integral pelos limites estabelecidos
    na lei quanto às despesas com o pessoal.

    21 de janeiro de 2013. — O Presidente da Câmara Municipal de Serpa,

    Tomé Alexandre Martins Pires."
    (Despacho 1582/2013, Capítulo III, Anexo III)



    Área onde estou inserido:

    "Artigo 34.º

    Divisão Operacional

    1 — Missão: Gerir os processos de obras municipais, constantes do plano de atividades e assegurar a construção e conservação de infraestruturas e equipamentos municipais. Garantir uma boa qualidade de vida no concelho em termos ambientais e da gestão integrada do espaço público orientando a sua atuação pelos parâmetros do desenvolvimento sustentável.

    2 — Constituição:
    a) Subunidade de Apoio Operacional;
    b) Setor de Apoio Administrativo;
    c) Setor de Construção Civil;
    d) Setor de Rede Viária;
    e) Setor de Águas e Saneamento;
    f) Setor de manutenção de instalações/equipamentos municipais;
    g) Setor de Apoio técnico;
    h) Setor de Ambiente, Saúde Pública e Limpeza;
    i) Setor de Jardins e Zonas Verdes;
    j) Setor de Transportes Públicos Urbanos, Trânsito e Mobilidade;
    k) Setor de Cemitério;
    l) Setor de Feiras e Mercados;
    m) Proteção Civil e Segurança;"

    (Despacho 1582/2013,Capítulo II, Secção IV, Serviços operacionais)

    Em previsão deste estágio, poderei realizar atividades de vários tipos, alguns exemplos são:
    • Proteção sanitária básica e luta contra meios e agentes de propagação de doença;
    • Higiene do habitat e promoção da salubridade urbana;
    • Saúde Ocupacional;.
    Para além das atividades que referi por base no documento, poderei também desenvolver outras nas áreas de Gestão de Resíduos, Tratamento e Sistemas de Água para consumo humano.

    Pessoalmente devo  referir que escolhi este concelho, pois pessoalmente é muito importante para mim, Desde a parte familiar, como também é um município cheio de atividade cultural, diversificado do ponto de vista da natureza, com um dos maiores rios que percorre Portugal e por fim, tentar conhecer população e interagir com esta para que conheça melhor um pouco a sua perspectiva de como o Câmara Municipal tenta melhor a sua vida, ajudando-os em áreas que estão diretamente relacionadas com eles.

    Fui bem recebido por todos os elementos da instituição, que estão diariamente disponíveis para me orientar no que for necessário.
    Por continuem a seguir este blog, pois relatarei esta minha nova aventura,

    Até à PRÓXIMA !!!

    sexta-feira, março 07, 2014

    Caraterização do concelho de Serpa

    A cidade portuguesa de Serpa pertence ao Distrito de Beja, Sub-Região do Baixo Alentejo, Região Alentejo.

    Tem cerca de 6 233 habitantes

    A sua área total faz com que este concelho seja um dos maiores de Portugal.

    Este é composto por 7 freguesias:

    Brinches - 1039 habitantes

    Pias - 2852 habitantes

    Salvador (Serpa) - 4365 habitantes

    Santa Maria (Serpa) - 1868 habitantes

    Vale de Vargo - 968 habitantes

    Vila Nova de São Bento - 3072 habitantes

    Vila Verde de Ficalho - 1459 habitantes

    O número total de habitantes do concelho ronda 15 623 habitantes.

    Serpa é uma cidade conhecida por todo o país, devido a vários fatores, como por exemplo a produção do Queijo de Serpa, Património Histórico e até mesmo como a capital do Cante Alentejano.

    Em relação ao queijo é um produto gastronómico nacional que eleva o nome da região ao mais alto nível.

    O Património Histórico de Serpa está amplamente relacionado com as suas muralhas, o castelo, a nora romana e todas as Igrejas.

    E por fim, mas não menos importante, é considerada a capital do Cante Alentejano. Esta cidade encabeça a candidatura do Cante a Património Material da Humanidade.

    A preservação das raízes do Alentejo estão implementadas neste concelho, reconhecido pela sua cultura, gastronomia, património e religiosidade.

    Abaixo deixo-vos o seu brasão e o mapa do concelho.







    Até à próxima !!!

    Volta a correr informação na fonte !

    O Blog "Uma fonte de Saúde está de volta !

    Uma nova etapa, uma nova localidade.

    Desta vez estou pela cidade de Serpa, a realizar a Unidade Curricular de Estágio IV, na Câmara Municipal de Serpa.

    Vou relatar novas atividades, desta vez na área de Ambiente desta instituição.

    Fiquem à espera de novidades.

    Até já !!!!

    sexta-feira, dezembro 06, 2013

    Reflexão final

    Para dar início a este III Estágio Curricular, foi necessário primeiro que tudo, escolher o local para onde queríamos ir.

    De imediato a minha escolha e da minha colega Vanda foi o Serviço de Saúde Pública de Moura. Mas o grupo não estava completo e assim surgiu o último elemento, o nosso colega Flávio.

    Decidimos de imediato que as nossas deslocações seriam diárias, apesar se sabermos que seria um pouco cansativo, mas a motivação estava no máximo.

    Demos então início a este estágio e no primeiro dia ficámos a conhecer todas as pessoas envolvidas no serviço. Fomos bem recebidos e fomos acolhidos como elementos do centro de Saúde.
    Toda esta motivação fez com cada dia fosse diferente e entusiasmante.

    Realizámos muitas das atividades que um Técnico de Saúde Ambiental desenvolve, como por exemplo vigilância sanitária de estabelecimentos de educação e ensino, de restauração e bebidas, cabeleireiro, vistorias a unidades privadas de saúde, colheitas de água e também na área da Saúde Escolar.

    Em todas as atividades que estive envolvido, a que mais achei interessante foi o programa "Lancheira Sorriso em Movimento". Este permitiu verificar as condições alimentares das crianças, mas o mais significativo foi a interação com elas. Foi bastante gratificante ensinar-lhes uma música sobre poupar água, realizar o jogo da glória com eles e também ensinar-lhes através de fantoches bons hábitos alimentares e de higiene.

    Também foi muito interessante a nível pessoal trabalhar com crianças de etnia cigana, pois estes demonstravam bons níveis de concentração e absorviam todo o conhecimento que nós lhes transmitíamos. Este tipo de projetos ajuda bastante à sua integração na comunidade.

    A nível pessoal com os meus colegas, Flávio e Vanda, desenvolvemos um grande sentido de responsabilidade e organização, por trabalharmos em conjunto.

    Por fim, a pessoa mais importante para todo este estágio e para a nossa evolução: a Técnica de Saúde Ambiental Ana Mafalda.
    Agradeço-lhe toda a disponibilidade que sempre teve par nos esclarecer dúvidas e nos mostrar novas técnicas. Obrigado por nos integrar tão bem no serviço de Saúde Pública de Moura.

    Agradeço também a toda a equipa da Saúde Escolar.

    Obrigado a todos os elementos do Centro de Saúde de Moura por nos terem recebido tão bem.

    Até à próxima !!!!!!!

    quarta-feira, dezembro 04, 2013

    Águas: consumo humano, recreativas e mineral


    Água para consumo humano “é toda a água no seu estado original, ou após tratamento, destinada a ser bebida, a cozinhar, à preparação de alimentos, à higiene pessoal ou a outros fins domésticos, independentemente da sua origem e de ser fornecida a partir de uma rede de distribuição, de um camião ou navio-cisterna, em garrafas ou outros recipientes, com ou sem fins comerciais sendo  toda a água utilizada numa empresa da indústria alimentar para fabrico, transformação, conservação ou comercialização de produtos ou substâncias destinados ao consumo humano, assim como a utilizada na limpeza de superfícies, objectos e materiais que podem estar em contacto com os alimentos, excepto quando a utilização dessa água não afecta a salubridade do género alimentício na sua forma acabada.”

    O Decreto-Lei 306/2007, de 27 deAgosto que tem como objectivo “estabelecer o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, tendo por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes da eventual contaminação dessa agua e assegurar a disponibilização tendencialmente universal de água salubre, limpa e desejavelmente equilibrada na sua composição.”

    A Técnica de Saúde Ambiental faz análises complementares para verificação da qualidade da água para consumo do público, sendo assegurada de forma regular e periódica a vigilância sanitária da qualidade da água para consumo humano.

    Os pontos de colheita devem ser torneiras do consumidor normalmente utilizadas para consumo humano.


    Colheita para análise microbiológica

    Para desenvolver toda a colheita deve-se:

    Desinfectar a torneira por flamejamento;

    Abrir a torneira, deixar escoar com fluxo máximo, depois reduzi-lo e deixar correr a água o tempo suficiente para eliminar qualquer vestígio do desinfectante;

    Sem fechar a torneira, deve recolher, a amostra em frasco estéril para a análise dos parâmetros microbiológicos, garantindo condições de assepsia;

    Para evitar contaminações, deve garantir que as mãos estão limpas ou são usadas luvas estéreis e que o frasco estéril só está aberto pelo período de tempo estritamente necessário;






    Colheita para Análise Química

    É necessário enxaguar três vezes o frasco e a tampa, este procedimento repete-se para as colheitas de todos os parâmetros com excepção da análise ao níquel, chumbo e cobre.

    Nesta análise deve-se:
    Recolher uma amostra para a determinação imediata, no local, do desinfectante residual, o qual é o cloro residual;
    Verificar o pH e registar no boletim;
    Registar o valor na folha de registo da colheita.Todos os frascos devem ser devidamente identificados, colocá-los em malas térmicas devidamente limpas e com acumuladores de frio, de modo a garantir a correcta refrigeração das amostras, até ao laboratório.






    Nas folhas das colheitas constam 3 tipo de análise:

    P1 – representam colheita bacteriológica (Bactérias coliformes, E.Coli, pH e desinfectante residual).

    P2 – reúnem todos os parâmetros anteriores mas também tem uma vertente físico-química (colónias a 22ºC e a 35ºC,oxidabilidade, ferro, alumínio, nitratos, manganês, e flúor)

    P3 – abrangem todos os parâmetros das duas colheitas anteriores mas incluem também a análise ao níquel, chumbo e cobre.



    Águas recreativas




    Foram realizadas colheitas de água a piscinas públicas, pertencentes à Câmara Municipal.

    Piscina de uso público é onde se realiza a prática de natação e as actividades de animação aquática correlacionadas constituem o objectivo.

    Foram efectuadas colheitas bacteriológicas à superfície e em profundidade tal como colheitas físico-químicas.

    Na altura da colheita deve-se efectuar uma avaliação qualitativa sobre a água do tanque, mais precisamente:

    A cor da água, presença de sólidos em suspensão;

    A temperatura da água;

    O valor do pH;

    Os valores do desinfectante total e livre utilizado.


    Na colheita para análise bacteriológica o local de colheita deve ser junto do rebordo interno, no ponto mais afastado da entrada de água na piscina.


    Na colheita de superfície devemos desinfectar as mãos, caso não tenhamos luvas, proceder à devida identificação da amostra e retirar a tampa do frasco esterilizado, junto à água.

    A tampa deve ser conservada na mão, segurando-a com a parte inferior voltada para baixo.

    Encher o frasco (não deve ser cheio completamente) executando pequenos movimentos circulares e lentos à superfície da água.

    Depois de cheio deve-se retirá-lo e fechá-lo bem, acondicionando o frasco na mala térmica.

    Já na colheita de profundidade começamos por prender as cordas aos dispositivos da armação do frasco, mantendo este dentro da caixa de protecção, de seguida submerge-se o frasco até à profundidade pretendida.
    Movimenta-se a corda de abertura do frasco e depois de cheio, fechar o frasco e retirá-lo. Este volta para a caixa metálica e ai permanece até à sua entrega no laboratório.

    A colheita para análise química deve ser junto a uma das saídas de água. os procedimentos devem ser semelhantes aos da colheita em profundidade destinada à analise bacteriológica.

    Água Mineral


    Realizámos colheitas de água mineral para análise bacteriológica a uma indústria alimentar de engarrafamento de águas mineral natural gaseificada.
    Os pontos seleccionados para as colheitas foram em duas captações junto da indústria.

    O Decreto-Lei156/98, de 6 de Junho que caracteriza as águas minerais naturais e as águas de nascente e estabelece regras relativas à sua exploração, acondicionamento e comercialização de forma generalizada.

    A água mineral natural tem características próprias porque não pode ser sujeita a nenhum tratamento que altere a sua composição tal como se apresenta à saída da nascente, incluindo tratamentos de desinfecção, e não pode ser objecto de qualquer outra adição para além da incorporação ou reincorporação de gás carbónico.

    O Serviço de Saúde Pública de Moura realiza três análises anuais complementares de vigilância sanitária sendo que a entidade gestora deve efectuar análises periódicas para verificar se a agua se encontra conforme a legislação aplicável.
    O procedimento de colheita é igual ao procedimento da colheita microbiológica para água de consumo humano, já em cima referida.

    terça-feira, dezembro 03, 2013

    Vigilância Higio-Sanitária de Estabelecimentos de restauração e bebidas

    Com vista a abordar a maioria das áreas abrangidas pelas vigilâncias higio-sanitárias, a Técnica de Saúde Ambiental, realizou uma vistoria a um estabelecimento de restauração e bebidas, na cidade de Moura.

    Estabelecimento de restauração e bebidas- definição

    Segundo o Decreto-lei nº 215 de 2011, é considerado um estabelecimento de restauração e bebidas, "os estabelecimentos destinados a prestar, mediante remuneração, serviços de alimentação e de bebidas no próprio estabelecimento ou fora dele, incluindo outros locais de prestação daqueles serviços através da atividade de catering e a oferta de serviços de banquete ou outras, desde que habitualmente efetuados, entendendo-se como tal a execução de, pelo menos 10 eventos anuais."


    Deslocámos-nos para local e ao chegarmos foi necessário colocar o vestuário adequado para este género de vistorias.

    Ao começar a percorrer o estabelecimento, foram-se detectando erros que devem ser corrigidos por parte do proprietário, de modo a não afetar os alimentos que posteriormente serão servidos aos clientes.
    Percorremos a área de serviço, a cozinha, a copa, os vestiários e as instalações sanitárias, a área destinada a clientes

    Após toda a vistoria foi realizada um lista de recomendações para que o dono do estabelecimento proceda às alterações.



    Algumas das alterações propostas foram as seguintes:

    O estabelecimento deve adotar métodos ou equipamentos que permitam assegurar a separação dos resíduos de forma a promover a sua valorização (reciclagem). (ponto 5, artigo 5º da Portaria 215/2011 de 31 de Maio);


    Devem ser afixados os planos de segurança do edifício;


    Retirar a cortina e fechar o local do contador da água com material lavável e desinfetável; 


    Substituir o armário de madeira, por outro de material resistente, lavável e inócuo. (ponto 6, artigo 7º, Portaria nº 215/2011 de 30 de Maio);


    Na copa suja deve existir uma máquina de lavar loiça. (ponto 9, artigo 7º, Portaria nº 215/2011 de 30 de Maio).

    Após estas propostas estarem efetuadas, o risco de origem alimentar diminuirá pois já existirá um melhor acondicionamento e evitará o contato destes com outro tipo de produtos que poderão ser prejudiciais a estes.

    Aqui fica um pequeno quadro que mostra a origem dos perigos alimentares.



    Fonte: asae.pt

    Hoje em dia, por todo o nosso país a segurança alimentar é um tema bastante abordado e posto em prática. Este tema é visto como uma forma de contornar patologias de origem alimentar mas também uma forma de contornar desperdícios e ser integrada na sustentabilidade de uma empresa.

    Exemplo disso é a empresa SONAE, que para minimizar gastos com alimentos de baixa qualidade o até mesmo degradados, decidiu apostar na própria produção e controlo de géneros alimentícios.
    Para que o cliente esteja satisfeito decidiram aumentar a qualidade dos seus produtos, criando centros de produção em vários locais do país.
    Para que os alimentos estejam dentro dos padrões de qualidade, este são monitorizados, testados e auditados internamente e por laboratórios externos.

    Assim sendo o maior uma das melhores formas de prevenir doenças é controlar os produtos desde a sua colheita até à ao consumidor. Se cada cidadão tiver consciência da importância desta área, poderá utilizar este tipo de controlo na sua própria casa e se for o caso no seu local de trabalho.