quinta-feira, outubro 24, 2013

Projeto de Poupança de Energia

Foi-nos proposto por parte da Técnica de Saúde Ambiental, a realização de projetos para serem implementados no Centro de Saúde.

Realizamos várias propostas, sendo o seguinte, um projeto que já foi implementado neste centro pelos três estagiários de Saúde Ambiental.

O projeto tem como como título e slogan: "Basta tocar, para desligar".

Este projeto surgiu no âmbito dos programas de poupança de energia, já desenvolvidos pela Unidade Local de Saúde, que vem explicito no Despacho nº 4860/2013 de 9 de Abril, refere que "as entidades públicas do sector da saúde devem, no âmbito da implementação de um programa de eficiência energética, alcançar metas de redução relativamente a consumos de eletricidade e gás, consumo com água e produção de resíduos".    

Tem como objetivo sensibilizar os utentes e funcionários do Centro de Saúde, para a importância da poupança de energia,

A forma de chamar a atenção da população alvo, é realizada através de uma mão em papel, plastificada e que tem em roda o slogan do projeto. Tem cores vivas para ser mais apelativa à visão.


Tem como objetivo relembrar todas as pessoas deste centro, que utilizam equipamentos eléctricos, para os desligarem completamente, antes de abandonarem estes locais onde os estes estão instalados.
Outro objetivo é sensibilizar a população para os problemas ambientais que este desperdício de energia pode gerar.

Espera-se que o benifício para este Centro de Saúde seja a redução do consumo de energia.

Para a realização deste projeto foram necessário meios materiais, todos fornecidos pelo serviço.

Após a colocação das mãos juntos dos equipamentos, que já foi realizada nesta semana, irá ser enviado um e-mail a todos os funcionários a explicar o projeto e para os utentes uma folha a falar do projeto, colocada num local visível   para que estes tirem todas as dúvidas sobre as "mãozinhas que aí andam".

2ª Fase Lancheira Sorriso em Movimento

Foi realizada, mais uma viagem ao Agrupamento de Escolas da Amareleja, para avaliar os lanches e brincadeiras da turma do 2º Ano de escolaridade.

São vistos todos os lanches e apontada a sua composição, tendo em vista as gorduras e açucares do produto.

 O objetivo é sensibilizar os pais e as crianças, para lanches mais saudáveis e compostos por poucas gorduras e açucares.

Depois do intervalo são avaliadas as brincadeiras. Esta informação é importante, pois permite entender a forma como os alunos interagem e como estão integrados no contexto escolar.

Após as avaliações dos lanches e das suas brincadeiras, as crianças envolvidas no projeto tiveram mais uma vez a visita da equipa responsável pela monitorização destes alunos.

Destas vez a visita teve como objetivo a medição da altura, do peso e do IMC- Índice de Massa Corporal.
Para que as crianças se sentissem mais à vontade para realizarem estas medições, todos os equipamentos foram instalados numa sala reservada para o efeito. Com a devida autorização da professora, os alunos deslocavam-se a esta sala e realizavam todas a medições, de forma a fornecer dados aos monitores do projeto, para que estes possam fazer as avaliações e devidas comparações ao longo do programa.

Estas ação foi, realizada no Agrupamento de Escola de Barrancos.

Estas medições têm como objetivo o controlo dos alunos no seu crescimento, de modo a terem um crescimento saudável e assim evitar que estes possam desenvolver práticas alimentares incorretas e prejudiquem o seu corpo.

domingo, outubro 13, 2013

Uma atividade diferente

Para além das atividades normais que são desenvolvidas numa Serviço de Saúde Pública em Moura, existem atividades que não são planeadas e acabam por nos aparecer no caminho.

E assim foi na quinta-feira passada, dia 10 de Outubro, quando foi requerida a presença do TSA numa Posse Administrativa de uma habitação.

Foi determinada pela Câmara Municipal de Moura este tipo de ação.

A situação surgiu quando o queixoso verificou que uma das sua paredes de casa estava a sofrer infiltrações. Visto ser uma zona se antigas casas senhoriais, o escoamento das águas residuais ainda é feito através de uma fossa séptica. Uma vez que esta esteve congestionada durante muitos anos, o problema agravou-se na habitação do queixoso.

Deu entrada da queixa na Câmara Municipal de Moura, para que a situação fosse resolvida. Esta entidade de imediato entrou em contato com o proprietário do imóvel, mas este não deu qualquer tipo de resposta.
Assim sendo, depois de verificar a situação, a Câmara Municipal decretou a Posse Administrativa como solução.

O Técnico de Saúde Ambiental é envolvido nesta posse, pois foi solicitada pela CMM e  insere-se numa das suas áreas de atuação:

"Higiene do habitat e  promoção da salubridade urbana e rural...", de acordo com o Decreto-Lei 117/95 de 30 de Maio, Artigo 3º, Ponto 2, alínea c).

Logo, ao abrigo da alínea d), Nº 1, do Art.70, conjugado com o Art. 107 do Decreto-Lei 555/99 de 16 de Dezembro, alterado pela Lei 60/70 de 4 de Setembro, foi realizada esta atividade, que mostra também um pouco as parcerias que as Serviços de Saúde Pública locais podem desenvolver com as Câmaras Municipais, para melhorar a salubridade do habitat dos seus cidadãos.

Programa REVIVE

Uma das maiores ameaças ambientais, são as alterações climáticas que são responsáveis pelo aumento da frequência e intensidade da temperatura. Estes problemas já referidos levam a fenómenos extremos, tais com as cheias e as secas, que constituem graves problemas para a Saúde Pública. Estes problemas refletem-se principalmente na doenças associadas à água, aos alimentos e também ás doenças transmitidas por vetores.

Que tipo de doenças transmitem os vetores?

Transmitem doenças infeciosas aos seres humanos ou a vertebrados, pois os vetores, como os mosquitos ou as carraças, estão infetados com agentes patogénicos.

Criação do Programa REVIVE

O programa REVIVE foi criado através de uma parceria entre a Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge/ Centro de Estudos de Vetores de Doenças Infeciosas e as Administrações Regionais de Saúde.
O concelho de Moura integra este programa devido à proximidade do Alqueva. Este lago artificial poderá ser um forte local de desenvolvimento de vetores devido às suas característica que são ideias para o desenvolvimento destes.

Objetivo

Tem como objetivo determinar o nível de risco associado à presença de culicídeos (mosquitos) no território português.
Mais tarde o objetivo foi alargado, acabando por abranger na investigação a caraterização dos ixodídeos (carraças).

O Programa REVIVE deve ser aplicado durante todo o ano, mas dá especial atenção aos meses secos, pois é nestes que as espécies em causa se encontram mais ativas.

Resultados

Todos os resultados obtidos das capturas nos Serviços de Saúde Pública e dos estudos do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge, são divulgados para toda a população.

Atividades Desenvolvidas no Serviço de Saúde Pública

Durante esta semana, mais especificamente nos dias 7,8 e 9 de Outubro de 2013, foram realizadas atividades relacionadas com o programa REVIVE.

Culidídeos (Mosquitos)


No dia 7, foi apenas colocada a armadilha para mosquitos adultos, num terrenos junto a Moura.

A armadilha é constituída por um saco de rede, uma ventoinha, uma bateria, luzes ultravioleta e um recipiente de plástico. Junto da armadilha deixa-se um saco com gelo seco (Dióxido de Carbono na sua forma sólida e visível), que serve para atrair os vetores para a armadilha. Também é coloca junto da armadilha, um aparelho medidor de temperaturas e de níveis de humidade registados durante o processo de captura. Este processo deve ser realizado ao fim da tarde e só se deve fazer a recolha no outro dia pela manhã.

No dia seguinte (dia 8 de Outubro), realizámos a recolha da armadilha pela manhã, selando assim o saco de rede que capturou os mosquitos, de modo a evitar a sua fuga.


De seguida fizemos recolha de larvas e pupas de mosquitos, num lago artificial de um jardim público de Moura. Estes foram colocados em recipientes próprios da atividade (frascos de plástico).




Após estas duas recolhas, dirigimos-nos ao Centro de Saúde para colocar os recipientes com os mosquitos capturados, num frigorífico para que a sua atividade fosse reduzida e assim a sua transferência para outros recipientes fosse mais simples.
Ao fim da tarde, a armadilha voltou a ser instalada, desta vez na ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Moura. O sistema utilizado foi igual ao que já descrevi em cima.

Por fim, no dia 9 de Outubro, pela manhã recolhemos a armadilha do local. Foi realizada uma nova recolha de larvas de mosquito, desta vez num bebedouro de animais, numa herdade junto de Moura.
Da parte da tarde, após uma estadia no frigorífico para a sua inativação, os mosquitos foram transferidos para os recipientes indicados.
Os recipientes foram devidamente etiquetados e colocados numa caixa de esferovite com um recipiente refrigerador.
Os frascos foram envolvidos em plástico para ficarem selados, a caixa foi cheia de papel para imobilizar os frascos.Depois a caixa foi fechada e selada com adesivo.
A este processo dá-se o nome de Triple Packaging. E assim a caixa estava pronta para ser enviada para o Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge.


Ixodídeos (Carraças)



A recolha de carraças começou a ser realizada no dia 8 de manhã num terreno junto a Moura.
Foi necessário tomar alguma medidas preventivas para a recolha de carraças.
As roupas tiveram de ser claras, para que fosse fácil a identificação de uma carraça no nosso corpo, meias compridas brancas por cima das calças, para evitar qualquer tipo de entrada de insetos na roupa e assim evitar contato com o corpo. Mas neste tipo de capturas, deve ser utilizado um fato de macaco branco, que providencia maior proteção.
Foi utilizada uma bandeira de captura, de cor branca e de tecido grosso e áspero.

No dia seguite, foi utilizado o mesmo sistema para proteção pessoal, mas desta vez a recolha foi realizada de dois modos: com a bandeira de captura e diretamente num animal (cão), que se encontrava com este tipo de parasitas.

Esta recolha foi realizada numa quinta em Moura.
O destino final dos animais capturados foi o mesmo que o dos mosquitos e o processo foi igual ao a cima referido.

Área de intervenção do Técnico de Saúde Ambiental (TSA)

Participei nesta atividade, pois é uma atividade desenvolvida pela Serviço de Saúde Pública no qual estou inserido.

Esta atividade é desenvolvida pelo TSA, porque uma das suas áreas de intervenção referidas no Decreto-Lei 117/95 de 30 de Maio, Artigo 3º, ponto 2, alínea a), diz que o TSA desenvolve:

"Proteção Sanitária básica e luta contra meios e agentes de transmissão de doença..."

Como medida de controlo e até mesmo de eliminação de mosquitos portadores de doenças, existem várias opções inovadores.. Por exemplo a Agência Espacial Europeia está a desenvolver um projeto, que visa localizar os mosquitos portadores de doença e as suas movimentações, através de um satélite.
O projeto tem o nome de VECMAP, isto é um mapa de vetores.

Para que na Europa as vagas de mosquitos e as doenças que estes transmitem não se tornem uma ameaça à Saúde Pública, é necessário realizar uma vigilância rígida e fazer a população entender que é bastante importante a sua prevenção.

sábado, outubro 05, 2013

Boas-Vindas

Sejam bem-vindos ao blog Uma fonte de Saúde Ambiental.

Este blog irá acompanhar-me durante neste novo capítulo da minha Licenciatura em Saúde Ambiental,
na qual me encontro no Estágio III numa Unidade Local de Saúde Pública.

Irei relatar aqui as minhas atividades realizadas nas várias áreas da Saúde Pública.

Até já

Projeto "Lancheira Sorriso em Movimento"

O projeto "Lancheira Sorriso em Movimento" foi candidatado pela ULSBA - Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, à  Missão Sorriso.

Tem como foco principal a promoção da literacia em Saúde, tendo em vista várias áreas como a alimentar, nutricional e prática de atividade física, para que as crianças tenham escolhas saudáveis.

A população-alvo deste projeto são crianças do 1º
Ano do  1ºCiclo e que os irá acompanhar até ao 4ºAno.

Durante este percurso, os alunos poderão partilhar com os membros responsáveis pela Saúde Escolar, o tipo de alimentos que lhe são facultados nos seus lanches e o tipo de brincadeiras/jogos que desenvolvem no recreio.

A equipa de Saúde Escolar é multidisciplinar, sendo composta por:

3 Enfermeiras
1 Nutricionista
1 Fisioterapeuta
1 Higienista Oral
1 Técnica de Saúde Ambiental


O projeto visa também a promoção do consumo de pão, leite, iogurte, fruta e brincadeiras que desenvolvam  o bem-estar cognitivo, afetivo e psicomotor dos alunos.

 Tenta sensibilizar para o que é prejudicial à saúde da criança, como por exemplo salgados, refrigerantes, açucarados e doces.



Este projeto está a ser desenvolvido no Serviço de Saúde Pública na qual estou inserido como Estagiário de Observação, sendo as atividades realizadas no agrupamento de Escolas de Amareleja e Moura.

A primeira visita realizada no âmbito deste projeto, ocorreu no dia 30/09/2013. A atividade foi realizada com uma turma do 1ºAno do 1º Ciclo, tendo como objetivo monitorizar os lanches dos alunos, bem como as brincadeiras/jogos realizados durante o seu recreio.

Fonte:


Caraterização do Concelho de Moura e Concelho de Barrancos

A cidade de Moura localiza-se no Distrito de Beja, sub-região do Baixo Alentejo e Região do Alentejo.

Residem nesta cidade alentejana, cerca 8500 pessoas.

Moura é também sede de concelho, tendo esta de área total 957,73 Km2, divididos por 8 freguesias e tendo um total de habitantes de 15 167.

As freguesias que fazem parte deste município são as seguintes:

Amareleja - 2564 habitantes

Póvoa de São Miguel - 888 habitantes

Safara - 1078 habitantes

Santo Agostinho (Moura) - 4344 habitantes

Santo Aleixo da Restauração - 793 habitantes

Santo Amador - 412 habitantes

São João Baptista (Moura) - 4075 habitantes

Sobral da Adiça - 1013


Barrancos é uma vila alentejana, do Distrito de Beja, sub-Região do Baixo Alentejo e Região do Alentejo.

Tem de área 168,42 Km2

Esta vila é habitada por 1834 pessoas e é constituída por apenas uma única freguesia, Barrancos