domingo, novembro 17, 2013

Vigilância Higio-Sanitária de estabelecimentos de educação e ensino

Para que estes dois meses de estágio sejam o mais produtivos possível, a Técnica de Saúde Ambiental que nos acompanha, tenta diversificar ao máximo todas as atividades que desenvolvemos. Desta vez a atividade proposta foi a vistoria a dois estabelecimentos de educação e ensino.

Este tipo de vistoria tem vindo a realizar-se ao longo dos anos, mas este ano ganham outro tipo de importância, pois vem estipulado no Programa Nacional de Saúde Escolar que se deve "Avaliar o risco ambiental relacionado com as condições de segurança, higiene e saúde das Escolas e do espaço peri Escolar" .
Assim é necessária uma maior vigilância sobre todos os fatores ambientais que podem afetar diretamente as crianças, porque estas necessitam das melhores condições para desenvolverem a sua educação e ensino sem qualquer tipo de distúrbios.

"...A concepção da Escola, a sua localização, a qualidade do ar interior e exterior, a segurança dos espaços de recreio e respetivos equipamentos, o acesso a luz natural e a sombras adequadas, a qualidade dos espaços para a prática da atividade física, as instalações adequadas para a confecção e venda de alimentos são condições essenciais para a saúde da comunidade educativa..." do Programa Nacional de Saúde Escolar.

Área de intervenção do Técnico de Saúde Ambiental

O técnico de Saúde Ambiental intervem em várias área, sendo uma desta a parte escolar.
Por isso de acordo com as suas qualificações, o TSA intervem na parte de Higiene do habitat e promoção da salubridade urbana e rural e principalmente na área da Saúde Escolar.



Após o primeiro contato com toda a legislação relacionada com Saúde Escolar, avançamos para o primeiro local que iria receber a nossa visita.
Foi iniciada a vistoria, em que a equipa era composta pelos três estagiários de Saúde Ambiental, a Técnica de Saúde Ambiental e para nos guiar, uma funcionária do estabelecimento.
Este englobava jardim de infância e escola primária.
Foram visitados os dois espaços em momentos distintos, sendo observada a parte do ensino básico primeiro e só depois a de jardim de infância.

Deve-se referir no geral, que a escola encontrava-se com múltiplas falhas em áreas como higiene e segurança.

Algumas das medidas propostas para melhor a sua organização em termos das a´reas em cima referidas foram:

- Considerar um espaço destinado ao isolamento das crianças que adoeçam subitamente e à prestação de cuidados básicos de saúde;

- O espaço destinado à armazenagem de produtos e equipamentos de limpeza devem ser devidamente ventilado, identificado e com os produtos devidamente rotulados e organizados;

- Em relação as pessoas com mobilidade condicionada, devem existir instalações sanitárias adequadas, devidamente identificadas e devem igualmente dispor de um equipamento de alarme, de acordo com os requisitos da legislação em vigor (Decreto – lei nº 163/2006 de 8 de Agosto, anexo, capitulo 2, secção 2.9), tal como as portas devem possuir zonas de manobra desobstruída e de nível com dimensões que satisfaçam o definido na legislação (Decreto – lei n º 163/2006 de 8 de Agosto, anexo, capitulo 2, secção 4.9)

- Providenciar a sinalização para as portas das salas;

- Providenciar as grelhas para os tapetes das entradas;

- Todos os extintores devem ser munidos de sinalização fotoluminescente, bem como proceder a revisão dos mesmos, mediante legislação em vigor (Decreto – lei n º 243/86 de 20 de Agosto; capitulo IX, artigo 36);

- Devem ser afixados os planos de segurança do edifício.

Esta são algumas da muitas medidas propostas, sendo estas a mais simples de resolver de imediato, pois existem condições suficientes para a sua aplicação.

Passado alguns dias deslocamos-nos ao segundo estabelecimento a ser vistoriado, este apenas acolhia ensino básico. 

A equipa era composta por o mesmo número de elementos vindos do Serviço de Saúde Pública de Moura, sendo acompanhados por uma funcionária do local.

Como o estabelecimento anterior foram encontradas falhas na higiene e segurança, mas mostrava estar em melhores condições do que o estabelecimento anteriormente visitado.

As medidas gerais propostas para esta escola, e que deviam ter uma ação imediata foram as seguintes:

- Tomadas sem proteção na sala de aula;

- Pavimento das salas em mau estado;

- Sobrecarga de fichas elétricas e ligações;

- Sinalização de saída de emergência avariada;

- Escadas com perigo de queda para os utilizadores;

- Todos os extintores devem ser munidos de sinalização fotoluminescente, bem como proceder a revisão dos mesmos, mediante legislação em vigor (Decreto – lei n º 243/86 de 20 de Agosto; capitulo IX, artigo 36);

- Colocar a sinalização correta nos armários e quadros elétricos;

- Colocar dísticos de proibição de fumar mediante legislação em vigor ( Lei nº 37/2007 14 Agosto);

- Devem ser afixados os planos de segurança do edifício.  
  



No fim de ambas a vistorias e trabalhados os resultados obtidos através do preenchimento da checklist criada pela Direção Geral da Saúde, verificam-se que os problemas entre estabelecimentos é muito semelhante. As entidades responsáveis pela requalificação têm vindo a trabalhar no sentido da melhoria, mas por vezes demora alguns anos a acontecer.
Cada tipo de edifício tem entidades responsáveis diferente como por exemplo: Jardins de Infância e EB1´s responsabilidade da Câmara Municipal e 2º ciclo, 3º ciclo e Secundária são da responsabilidade da Direção Regional de Educação.
Todos os dados reunidos e as recomendações transmitidas às entidades, são colocadas numa plataforma criada pela Direção Geral de Saúde para esse efeito.
Esta requalificação é necessária, pois as crianças precisam de espaços adequados para a sua aprendizagem e seguros para o seu desenvolvimento motor e cognitivo.

Os pontos desenvolvidos pelo Plano Nacional de Saúde Escolar em Portugal, têm em vista melhorar fatores ambientais e físicos nas escolas.

No caso do Brasil a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão define objetivos mais básicos para uma melhor formação nas suas escolas. Sendo uma comunidade em crescimento, tentam inserir na suas escolas pontos mais básicos, para que se criem estruturas par uma sociedade mais organizada. Por exemplo o Programa Saúde Escolar, "visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira."
Tem como objetivo, "contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino."

Em suma, o exemplo português demonstra que os objetivos a melhorar nas nossas escolas são mais avançados dos que os brasileiros, pois estes últimos apenas estão a desenvolver e a criar as condições básicas para os seus estudantes.

sábado, novembro 09, 2013

Vistoria a Unidade Privada de Saúde

No âmbito do estágio no Serviço Saúde Pública de Moura, foi realizada uma vistoria a uma Unidade Privada de Saúde, mais propriamente a uma Policlínica.

Unidades privadas de saúde: o que são?

Qualquer estabelecimento, que não esteja integrado no Serviço Nacional de Saúde, onde se desenvolvem atividades que tenham o objetivo da prestação de serviços de saúde, é considerado, uma Unidade Privada de Serviços de Saúde.

O que é uma Policlínica?

Define-se por Policlínica, um estabelecimento de saúde, que fornece assistência ao seu utente mais do que uma especialidade, das áreas de saúde.



Área de intervenção do TSA

O técnico de Saúde Ambiental atua nesta área, pois duas das atividades que desenvolve são "...Proteção sanitária básica e luta contra meios e agentes de transmissão de doença..." e "...Higiene do habitat e promoção da salubridade urbana e rural...", de acordo com o Decreto-lei 117/95 de 30 de Maio.

Como todas as atividades realizadas por um Técnico de Saúde Ambiental, esta também exigiu algum estudo prévio de toda a legislação envolvente e também da situação em que se encontrava o estabelecimento que seria alvo da vistoria.

No dia em que nos deslocámos à Vila de Barrancos, dirigimos-nos à Policlínica para iniciar a vistoria do local, sendo a parte de Clínica Dentária a preferencial para verificar.


Foi utilizada uma ficha de verificação (checklist) que é disponibilizada pela Direção Geral da Saúde, que uniformiza e qualifica a informação no processo de vigilância.

Foram encontrados no local alguns erros de organização, como por exemplo a não afixação dos procedimentos a adotar em caso de emergência, de acordo com o Artigo 4º da Portaria nº 268/2010 de 12 de Maio.

A nível de documentação necessária do estabelecimento, o proprietário deveria deter todos os documentos nas instalações, mesmo que fossem cópias destes. Os documentos referidos anteriormente são o bilhete de identificação singular e/ou coletivo, e também devem estar presentes os contratos celebrados com terceiros (Artigos 7º,8º e 12º da Portaria nº 268/2010 de 12 de Maio).

Em relação a toda a logística do estabelecimento, devem ser visto o seguinte facto: devem proceder a uma alteração do circuito de lavagem e esterilização do material sujo (Artigo 16º da Portaria nº 268/2010 de 12 de Maio).

O estabelecimento deverá também estar provido de carrinhos fechados, para objetos contaminados que sejam transportados para a zona suja (Artigo 16º da Portaria nº 268/2010 de 12 de Maio)

Em termos de Área do Pessoal, os trabalhadores deveriam usufruir de cacifos individuais, o que neste caso não se verificava, (Artigo 18º da Portaria nº 268/2010 de 12 de Maio).

Em relação ao gabinete de clínica dentária em si, necessitava de tomadas elétricas em número suficiente para cada tipo de equipamento, de uma tina de comando não manual, o material esterilizado deve estar devidamente separado e identificado, higienizar periodicamente o local de acondicionamento dos materiais,
colocar contentores de resíduos com pedal e proceder à reparação das tubagens da cadeira de dentista, medidas propostas de acordo com Artigos 16º e 18º da Portaria nº 268/2010 de 12 de Maio.

Legislação utilizada:
Autoridade de Saúde
Portaria nº 268/2010 de 12 de Maio
117/95 de 30 de Maio


Após identificadas estas inconformidades, o proprietário terá acesso a um relatório para que possa proceder a todas as reparações ou alterações.

sábado, novembro 02, 2013

"Fantoches em Movimento"

O projeto LSM- Lancheira Sorriso em movimento, tenta transmitir ás crianças hábitos saudáveis para o seu dia-a-dia.

Então, foi neste contexto que foi realizada uma sessão de fantoches para os alunos que estão a ser acompanhados neste projeto. Através destes fantoches foi contada uma história, que referia a importância de uma alimentação variada e saudável.
 Existiam dois personagens, a Ritinha e o Joãzinho, quem lhes deu voz fui eu e a minha colega Vanda, sendo o nosso colega Flávio o narrador. Demonstramos-lhes  que frutas deveriam comer, como tornar o consumo de sopa mais divertido. para podendo ser eles a escolher que tipo de legumes querem na sua sopa e até mesmo dar-lhe um nome, como o leite é importante para os dentes e ossos e até mesmo a importância da água no seu corpo.

A sessão foi realizada entre os dias 15 e 17 de Outubro, visto que o dia da Alimentação foi comemorado no passado dia 16, dando assim contexto para realização deste evento.

No primeiro dia a sessão foi realizada para uma turma do 2º Ano, da Escola Básica da Porta Nova.


No dia seguinte deslocamos-nos à Creche/Centro Infantil Nossa Senhora do Carmo, onde realizamos três sessões para diferentes faixas etárias. Estas turmas não pertencem ao projeto LSM, mas por ser o Dia Mundial da Alimentação, foi-nos solicitado a sua apresentação. O que observámos com estas crianças de diferentes idades, é que todos assimilam bastante bem a informação fornecida, diferindo apenas a maneira com eles próprios tentam transmiti-la. Neste caso denota-se a influência da idade e do desenvolvimento cognitivo e verbal.




No último dia, o nosso destino foi o Agrupamentos de Escolas da Amareleja, onde realizámos a sessão para aluno do 2º Ano de escolaridade. Foram bastante comunicativos com todos os presentes e mostraram o seu conhecimento geral sobre o tema.

Em todos estas sessões foram fornecidas imagens para colorir, de modo a ajudar os intervenientes da ação, a memorizar toda a informação transmitida.

Foi bastante gratificante participar nesta atividade, pois como futuro Técnico de Saúde Ambiental é necessário informar as bases(crianças), para construir uma sociedade mais consciente para os problemas que a rodeiam.

Projeto "Concelho Amigo, Utente Prevenido"

O projeto "Concelho Amigo, Utente Prevenido" é mais um projeto implementado na Unidade Local de Saúde na qual estou a desenvolver o Estágio III, do Curso de Saúde Ambiental.

Pretende ser um meio de contato com os utentes, para que estes sejam sensibilizados em relação a vários temas relacionados com a Saúde Ambiental.

Toda a informação divulgada é colocada num placar, onde fica disponível para os utentes.

Tem por objetivos informar e sensibilizar a população alvo, introduzir conceitos no seu dia-a-dia, e ajudar os utentes a prevenirem situações que lhes possam provocar doença.

A população alvo são os utentes do Centro de Saúde e esperamos que possam colocar em prática as informações de modo a promoverem a sua saúde.

Para desenvolver o projeto, os materiais necessários foram cartolina, folhas de papel, fita-cola, fio de lã e por fim o placar.

O primeiro tema a ser exposto par os utentes foi a Qualidade do Ar Interior.

Aqui ficam algumas fotos da construção e finalização do projeto.